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No Coração da Imagem

Renato Balocco | Rio Lisboa, 2019

CuradoriaDesignDiagramação
No Coração da Imagem

"(...) e todas as coisas deste mundo, as nomeadas e as não nomeadas, as conhecidas e as secretas, as visíveis e as invisíveis, como um bando de aves que se cansasse de voar e descesse das nuvens, foram pousando pouco a pouco nos seus lugares, preenchendo as ausências e reordenando os sentidos." José Saramago, A caverna. SP: Cia das Letras, 2000"

O livro

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Prefácio

Em 2009, visitei a Casa da Música no Porto, projeto de Rem Koolhaas, um dos mais respeitados arquitetos urbanos da atualidade. Fiquei encantado com a riqueza geométrica do prédio, com as suas linhas puras, flutuando no céu límpido de Portugal, refratado pela luz mais bonita da Europa. Passei a tarde inteira contemplando suas superfícies refletivas.

O tema das silhuetas surgiu de forma muito espontânea, no final da tarde, quando vi o contorno de pessoas que se dirigiam ao seu átrio principal, alguns apressados, outros mais lentos, mas todos movidos por alguma paixão. Pareciam alegres, ruidosos, abraçando-se às vezes, outras cumprimentando-se de longe, formando silhuetas contra o fundo geométrico criado pelos degraus da escada. Imediatamente passei a imaginar cenários diferentes para aquelas pessoas, para aquele evento, para aquela noite misteriosa, que aconteceria longe de meu olhar.

A fotografia coloca a questão fundamental da relação entre o visível e o invisível, entre o que está ao alcance de nossos olhos e o que nos escapa, deixando apenas seu traço, sua sombra, sua marca.

O que se vê na fotografia é apenas o resíduo (ou o fantasma) de uma imagem que se imagina ter visto. Se a fotografia é este fantasma, ou esta ilusão de uma relação direta com o real1, a silhueta reforça e dá corpo a este fantasma, à medida que borra o contorno das imagens, brinca e flutua na contraluz. - Renato Balocco Rio de Janeiro, maio de 2019.

Sobre o autor

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Renato Balocco é Analista de Sistemas, Pós-Graduado em Fotografia e Imagem pela IUPERJ/UCAM, participou do coletivo Nós da Pós, cujo trabalho, “Eu Fotógrafo | Eu Espectador” foi exposto no Paraty em Foco (2016) e no evento Foto na Cabeça (2016). Participou, como fotógrafo, das exposições Releituras Contemporâneas na Galeria Cândido Mendes (2017), Paraty em Foto (2017) e “O que vemos o que nos olha” no CCJF, RJ (2017/2018).

É coautor do livro “Eu Fotógrafo|Eu Espectador”, cujo lançamento ocorreu no Festival de Fotografia de Tiradentes (2018). Na área de fotografia e imagem, possui cursos do Ateliê da Imagem (Rio de Janeiro), JBRJ e MOMA (NY).

Participou também das edições dos “Cordéis Fotográficos” da Rua do Mercado, e da Projeção coletiva “Dobradinha” com o grupo Crônicas Fotográficas do Rio de Janeiro, no espaço Observatório, Lapa, Rio de Janeiro. Cedeu a foto para a capa do livro, “Os sentidos do tempo”, Anna Elizabeth Balocco, 2012.

Desde que me encantei com as possibilidades que a fotografia de silhuetas oferece, sempre, durante as minhas saídas para fotografar, busco uma posição em que eu possa fazer capturas na contraluz; invariavelmente, uma pessoa ou um objeto vai se posicionar entre a luz e minha lente e permitir que o registro seja feito. O resultado, quase sempre, compensa a espera, que por muitas vezes é longa.

Atualmente, faço uso de uma Nikon D750 e de uma Leica Dlux5 (compacta). com objetiva não intercambiável. Com a Nikon, uso as lentes de 28mm, 50mm e uma 18-120mm.

Todas as fotos que compõem este trabalho são de minha autoria e foram registradas ao longo dos anos com as câmeras Nikon D70s, D300, D7100 e D750 além da Leica Dlux5.

+55 (21) 97977-9636

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